sexta-feira, 20 de maio de 2016

Contos- Eu Só Queria Brincar

Meu nome é Paulo, e, hoje, tenho 18 anos, mas na época do ocorrido eu tinha 10.
Minha mãe havia me levado a um parque perto de casa. Eu ia sempre com ela ali, ou com meus amigos da rua. Nesse dia eles estavam lá, e nós falamos que iríamos passar o resto do dia lá. Minha mãe foi embora e eu fiquei com eles. O pessoal tinha entre 10 e 12 anos de idade. Os mais velhos viviam nos dando conselhos, ou nos contando histórias falsas sobre aquele lugar, e essas histórias era bem macabras. Nós ficamos até umas 18h, e então todos foram para suas casas, mas eu quis ficar mais um pouco, já que a vista para o pôr do sol era lindo ali. Eu fiquei e esperei o sol baixar.
E então fui para casa, estava bem frio naquele dia, e àquela hora estava ainda mais. Eu estava passando perto de um beco que havia perto de casa, e de lá saiu um homem, me dizendo que não era uma boa hora para voltar para casa, e que eu deveria voltar para o local que eu estava antes. Eu fiquei assustado e corri para minha casa. Minha mãe me perguntou onde eu estava, e eu lhe contei toda a história, por causa daquele homem tive que ficar em casa por 5 dias, já que ela estava com medo de ele me assaltar ou me estuprar. Após esses dias se passarem, eu fui sozinho ao parque, que estava sem ninguém, o que é incomum. Era um dia nublado e frio, era perfeito para passar o dia lá. Fui chamar meus amigos, mas ao os chamar, as mães deles falavam que eles não queriam voltar lá após o "incidente". Eu fiquei com certo receio de perguntar o que houve lá. Então fui sozinho para o parque. Ao chegar, o balanço estava se balançando sozinho, e não estava ventando, achei que poderia ser outra coisa. Pobre inocência a minha na época. Eu me sentei no banco dessa balança. E fiquei lá, até o por do sol novamente. Estava ficando tarde, e eu tinha uma certa vontade de ficar lá eternamente. Eu ouvi um barulho de algo se mexer. Queria ir ver o que era, mas minha mãe me chamou na rua, para eu ir jantar. Perguntei para ela se poderia voltar depois, pois meus amigos queriam brincar de esconde-esconde, ela disse que sim.
Era umas 20h quando eu voltei para lá. Eu fiquei na mesmo posição que eu estava antes de sair, e fiquei lá, até ouvir o memso barulho, ele vinha de uma moita, um pouco mais para frente de onde eu estava. Fui ver o que havia lá. Um guaxinim saiu da moita quase me matando de susto. E então eu ouvi um suspiro, e me virei. Era o mesmo homem que havia me parado aquele dia. Eu realmente senti muito medo porque ele estava com um machado na mão. E dessa vez pude observar melhor, ele era pálido demais para estar vivo. E então ele tocou em mim, ele era realmente muito frio. Não podia estar vivo. Eu vi sangue escorrer de seu crânio e realmente ele não estava vivo. Ele me disse que não era uma boa hora para andar na rua à noite, e então bateu o machado na minha cabeça, me levando à óbito imediatamente. Corrigindo o começo do texto, hoje eu teria 18 anos, minha alma está confinada a ficar eternamente aqui matando crianças.
Então lembre-se, sempre que estiver em um parque e ouvir um balanço se mexer sozinho e não ter vento, corra, mas corra pela sua vida, porque serei eu, e eu não perdôo ninguém.

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