sábado, 21 de maio de 2016

Blue Blood

Eu corria. Cada passo, uma tortura.
Mas para ela, doía muito mais.
Cada passo fazia com que os pregos entrassem mais em suas pernas em carne viva.
Seus braços pingavam todo o sangue do torso, as costas eram arranhadas pelas lâminas, as correntes enferrujadas ardiam seus músculos à mostra.
Ela caiu; tentou se levantar, e eu a derrubei
Seu olho esquerdo mostrava o desespero, e o direito... Eu arrancara
Ela tentava gritar, mas a dor excruciante, os cortes no maxilar e a garganta atravessada por lâminas a impediam.
Um único corte em seu pulso a mataria agora.
Fiz um pequeno corte abaixo de meu próprio olho, que pingou um líquido azul escuro. Caiu em seu olho bom, e ela gritou com o ácido que eu implantara em meu corpo.
Cortei seu pulso lentamente, acionando o sangramento total de seu corpo.
Na estrada escura, no meio do nada, na poça feita de todo o sangue da garota, eu gargalhei ao ver sua vida sair do corpo, e o olho revirar e se tornar azul.
Lambi o sangue que escorria da boca, e escrevi em sua pele do torso, que sobrara
"Sem sangue azul, sem vida"

-- MariSama --

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